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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sexo no divã



por Renata Queiroz 15/01/2010


Mulheres encontram na terapia sexual a chance de viver com mais prazer


Até pouco tempo atrás, num mundo coberto de tabus, sexo era reprimido e voltado à reprodução. Se houvesse permissão ao prazer, esta era concedida ao sexo masculino. Mulher 'decente' gozar? Nem pensar.

Felizmente, evoluímos. Hoje o assunto 'sexualidade' é tratado com maior liberdade dentro das famílias e até faz parte de alguns currículos escolares. Entretanto, para algumas pessoas ainda é difícil expor problemas como dores durante a relação, falta de libido, disfunção erétil, ejaculação precoce, entre outros. Despir-se de preconceitos é um primeiro passo. Encarar a questão de frente e buscar ajuda na terapia sexual, o início de uma grande mudança rumo à qualidade de vida. Inspire-se:

Sem prazer

De tanto ouvir as amigas sobre os prazeres de uma boa transa e, na prática, não conseguir alcançá-los, a estudante F.S.*, de 22 anos, resolveu procurar uma terapeuta sexual. "Quando comecei minha vida sexual percebi que alguma coisa estava errada. Sempre senti muita dor e nunca era prazeroso. Tanto que comecei a perder a vontade de ter momentos íntimos com meu namorado", lembra. O namorado não acreditava nos benefícios da terapia. A jovem freqüentou as sessões durante um ano, terminou o relacionamento que andava acomodado e afirma que se sente mais confiante. "As vidas sexual e social melhoraram", revela.

Mas nem todo mundo toma a atitude de F.S. Por não assumir que algo de errado acontecia, a publicitária T.B.*, 30 anos, ficou insatisfeita em sua vida sexual por oito anos. Ela sofre de vaginismo - distúrbio sexual cuja principal característica é a contração involuntária dos músculos próximos à vagina - e foi assistindo a um programa de televisão que falava sobre disfunções sexuais femininas que descobriu o problema.

Após pesquisar sobre o assunto, T.B. descobriu que o distúrbio tinha tratamento e procurou ajuda profissional. "Eu não tive dificuldade alguma em buscar ajuda de um terapeuta sexual, a minha dificuldade foi em aceitar que eu tinha um problema", diz. Antes de saber que era uma disfunção sexual, ela achou que poderia se curar sozinha, que seria apenas uma questão de tempo ou de estar mais relaxada na hora H. E buscou tentativas frustradas de obter prazer. "Eu cheguei a beber várias vezes até ficar bêbada, pois achava que assim conseguiria ter uma relação sexual", confessa.

T.B. freqüenta sessões de terapia sexual há mais de um ano e comemora. "É um processo que caminha por etapas e cada etapa vencida é uma vitória. Cada conquista, por menor que seja, é um grande passo que me estimula a continuar o tratamento". Conclui: "Se eu tivesse tido mais informações a respeito e buscado ajuda profissional desde o início, hoje estaria totalmente curada e levando uma vida normal, não teria perdido tanto tempo da minha juventude", lamenta.

Ato mecânico

Segundo a psicóloga e sexóloga Ana Paula Veiga, a pessoa identifica que é preciso fazer terapia sexual de duas formas: ou ela carrega a questão por um considerável período de tempo, ou o parceiro cobra algum tipo de atitude. "Percebo, pela minha prática, que as disfunções sexuais hoje em dia são poucas. Muitos sintomas da disfunção são decorrentes da falta de conhecimento do próprio corpo (ou do corpo do outro) e de como ele responde sexualmente", explica. Ela afirma que o sexo, muitas vezes, acaba encarado com uma "obrigação diária" e, por se transformar em um ato mecânico, a desmotivação sexual transforma-se numa constante.

Foi o que aconteceu com M.S*. Ao se casar, mesmo amando o marido, não conseguia encontrar satisfação sexual. Para não comprometer o casamento, M.S. fingia sentir prazer. Durante o ato, além da dor, a preocupação de fazer o papel de esposa e ter que dar prazer ao marido a afligia. Mas o maior problema de M.S. era querer colocar sua realização acima das do companheiro.

Para alcançar o prazer a qualquer custo, M.S. chegou a traí-lo para ver se o problema era com ela ou com ele. Experiência que, segundo ela, não foi positiva. "Minha culpa dobrou quando percebi que, com meu amante, obtive prazer. As coisas só melhoraram quando desvinculei o problema de mim e vi que tinha outras coisas por trás. Sempre soube que não tinha grandes sensações no sexo, mas isso nunca teria me levado a um terapeuta sexual. Só me preocupei quando o sexo começou a ser um fardo", revela.


Fonte: http://msn.bolsademulher.com/sexo/sexo_no_diva-36952.html

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