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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tire dúvidas sobre sexo anal

Gel com lubrificante anal Facilit. Foto/Divulgação
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Após anos de evolução e libertação de tabus sexuais, ainda há uma questão que perturba a vida dos casais: o sexo anal. Os homens gostam e pedem. As mulheres se esquivam e reclamam da dor. Algumas têm muita dificuldade de encarar o assunto e não entendem a insistência dos parceiros.

Sem firulas, o que leva os homens a gostar desse tipo de sexo é o fato do orifício do ânus ser menor que o da vagina, fazendo com que o pênis fique mais apertado e o homem sinta mais prazer.
Algumas mulheres usam o sexo anal como forma de demonstrar aos parceiros o quanto eles são importantes para elas. Em outras palavras, elas comprovam que é um sacrifício e só fazem para agradá-los. Cada cabeça, uma sentença... Mas em uma relação verdadeira e de sentimentos mútuos, o homem não sente prazer se sua parceira também não sentir. Tudo gira em torno do emocional.
Por isso, é importante que ela se sinta segura e preparada para a prática. A verdade é que as sensações de dor ou prazer variam de mulher para mulher e de relacionamento para relacionamento. A intimidade com o companheiro e a vontade de querer experimentar são fundamentais para que ela se satisfaça com esse tipo de sexo.
Tabus resolvidos, não esqueça que o sexo anal também necessita de proteção, use preservativos.

Sexo Anal sem medo

A sexóloga Carla Cecarello diz que o sexo anal jamais deve ser feito pela primeira vez sem que o corpo esteja preparado. E avisa que é preciso "ensinar" o ânus a relaxar. "Na primeira tentativa, o homem deve colocar metade do dedo no ânus da companheira e não se esquecer de estimular o clitóris. Na semana seguinte, pode tentar o dedo inteiro. Depois, pode partir para dois dedos pela metade e então os dois inteiros. Numa outra tentativa, deve iniciar o movimento tira-põe", detalha.
Apenas depois disso é que o pênis entra em ação, mas apenas a glande. "Nada é feito com rapidez. Numa noite o homem coloca a cabeça do pênis. Na outra, o pênis todo, ainda sem mexer. E aí por diante, com muita paciência. É preciso fazer tudo com muito cuidado". É normal que o ânus se contraia, involuntariamente, a qualquer toque. Por isso, as fases são fundamentais até que a mulher se sinta confortável para a prática.
Para que o sexo anal aconteça, é preciso que a intimidade entre o casal seja enorme. Carla não indica que mulheres com problemas de intestino preso, em período de ovulação ou num dia de muitas cólicas façam o sexo anal. "Esse tipo de sexo não faz mal, mas nessas situações pode gerar um incômodo desnecessário".
Ela lembra ainda que o sexo anal não pode ser feito com a mesma freqüência que o sexo vaginal. Uma ou duas vezes por semana é o mais indicado. Outra informação importante é jamais tirar o pênis do ânus e colocar na vagina. "É preciso trocar a camisinha antes de continuar".
A melhor posição para quem nunca fez deve ser a mais confortável possível. "A mulher jamais deve sentar com o ânus no pênis. O impacto é muito grande a dor também. De ladinho ou de joelhos são posições mais indicadas".
Mesmo com tanta informação on-line e nas revistas femininas, o sexo anal ainda é cercado de tabus e estigmas. "A mulher não faz porque acha que a prática é coisa de garota de programa, de prostituta. Mas esquece que o homem adora". E ele gosta porque além da vista espetacular que tem do corpo feminino, fica no controle da situação. Fora isso, o fato de o ânus ser mais apertado que a vagina exerce uma pressão grande sobre o pênis, gerando muito prazer para ele.
Mas para que o prazer seja também seu, é preciso muita estimulação. "O clitóris deve ser manipulado ao mesmo tempo da penetração anal para garantir que os dois alcancem o orgasmo", finaliza Carla. Não ter medo de tentar (e saber que está livre para negar) pode ser o primeiro grande estímulo!

Riscos

A penetração anal mexe com a fantasia dos homens, mas ainda é tabu para muitas mulheres.
Quando a parceira não está relaxada ou com vontade de praticar esse tipo de sexo, pode sentir dores e afugentar de vez o prazer.
E para quem não sabe, o sexo anal pode ser a porta de entrada para doenças graves. "Quem pratica este ato sem o uso de preservativo pode contrair HIV, Hepatite B e C, sífilis, herpes e HPV. Isso porque o ânus é um local com pouca lubrificação, aumentando o atrito e fissuras", explica Dra. Carolina Ambrogini, ginecologista, sexóloga e coordenadora do Projeto Afrodite, ambulatório de sexualidade feminina da UNIFESP.
O cuidado com a higiene pode ajudar a reduzir o número de infecções. "Se o casal fizer sexo anal, precisa trocar a camisinha antes de fazer o sexo vaginal, para que a mulher não se contamine com as fezes. Caso contrário, ela pode ter corrimentos e até problemas no útero", alerta Dra. Carolina.
A médica aproveita para derrubar certos tabus. Por exemplo, sexo anal não provoca hemorróida. "Porém, se ela já existe, a penetração pode complicar ainda mais e originar sangramentos", esclarece. O ato também não provoca incontinência, mas se a mulher introduzir objetos muito longos e pontiagudos no ânus, corre o risco de perfurar o reto. "É importante ressaltar que o pênis não causa este tipo de lesão", diz a especialista.
A mulher que possui alguma doença na região anal, sente dores ou sangramentos deve evitar este tipo de penetração. "O sexo anal também não é indicado quando a mulher está com diarréia, porque vai potencializar o problema, ou com intestino preso, uma vez que as fezes estão mais duras e compactadas, podendo causar dores". Para diminuir o desconforto, a Dra. Carolina indica o uso de lubrificantes. "É importante ressaltar que o produto ajuda o pênis deslizar com mais facilidade, mas não reduz o risco de infecções. Por isso, a regra é usar sempre camisinha", ratifica.

10 perguntas respondidas sobre sexo anal

Pesquisa aponta que 57% das mulheres praticam; ainda assim, o tema é cercado por dúvidas. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada recentemente no jornal Folha de S. Paulo apontou que 57% das mulheres brasileiras fazem sexo anal; 43% delas não praticam ou omitiram a resposta.

Mas apesar de a maioria praticar, diversas dúvidas sobre o tema ainda persistem. A redação do Delas, que recebe diariamente e-mails com perguntas sobre sexo anal, responde a dez perguntas frequentes.
Colaboraram os médicos: Otto Henrique Tôrres Chaves, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, e Celso Marzano, urologista e diretor do Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade, de São Paulo.
Sexo anal: técnica e delicadeza são fundamentais
1 - É mais fácil pegar AIDS por sexo anal?
Sim, pois a prática gera microtraumatismos na mucosa retal (revestimento interno) que servem como porta de entrada para o vírus.

2 - Praticantes de sexo anal têm mais chances de desenvolver fissuras ou hemorróidas?
Não. Esses quadros são consequências de mau funcionamento intestinal. Mas atenção: quem já apresenta fissuras ou está no período de inflamação da hemorróida pode sentir bastante dor durante o sexo anal. É melhor evitar.

3 - Mulheres que praticam sexo anal têm mais infecção vaginal?
Nada disso. Se tomar cuidado, não há perigo de desenvolver o problema. A principal recomendação é nunca realizar o sexo vaginal após a penetração anal e nem usar os dedos e acessórios para manipular a vagina depois de ter estimulado o ânus. Ao entrar em contato com a região anal, tanto o pênis como os dedos e brinquedinhos são contaminados com fezes ou secreções fecais. Essas secreções apresentam bactérias que podem causar ?estragos? em contato com a vagina ou boca. Além da infecção vaginal, mais problemas podem ocorrer, como infertilidade, infecção da região da bacia e do abdome e até aborto em caso de gravidez.

4 - Sexo anal normalmente estoura a camisinha?
Mito. Isso só acontece se houver algum erro na forma de usá-lo. Para evitar problemas, o preservativo deve ser de boa qualidade e proporcional ao calibre do pênis.

5 - O sexo anal pode desencadear câncer no reto ou de intestino?
Boato dos grandes. Nenhum estudo mostrou a existência dessa possibilidade.

6 - Sexo anal dói muito?
Quando se insinua uma penetração anal os músculos locais se contraem como uma forma de defesa. Haverá dor se o casal não esperar que esses relaxem. Para o relaxamento ocorrer é preciso paciência, cumplicidade, confiança e carinho. Se o desconforto for muito intenso durante a relação o ideal é procurar um especialista.

7 - É muito difícil a mulher ter um orgasmo com sexo anal?
Não, mas é preciso que o casal tenha um maior aprendizado em relação a essa prática sexual. Para isso, nada melhor do que conversar com o parceiro e informar, por exemplo, suas preferências em relação à posição e velocidade de penetração.

8 - Fazer sexo anal com frequencia é prejudicial à saúde?
Se for praticado com delicadeza - e respeitando as normas de higiene e utilização de preservativo - não é prejudicial à saúde. O uso da camisinha é indispensável.

9 - É preciso fazer uma lavagem no reto antes de praticar sexo anal?
A higiene externa com água e sabonete é importante. Já a interna - chamada "enema" - é opcional.

10 - Sexo anal muda a atividade intestinal?
 Esse ato sexual não interfere no hábito intestinal nem nos movimentos peristálticos (que ocorrem dentro do intestino).

O urologista Celso Marzano é autor do livro sobre sexo anal "O Prazer Secreto", Editora Éden.

Fonte:  Vila Mulher

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